Mato Grosso
Maior seca registrada nos últimos 50 anos deixa Rio Paraguai em situação crítica e ameaça abastecimento de água em Cáceres
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Foto do Rio Paraguai na época da cheia — Foto: TVCA/Reprodução
O Rio Paraguai, em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, tem registrado uma situação crítica de seca e ameaça o abastecimento de água no município. O prefeito de Cáceres, Francis Maris Cruz (PSDB), divulgou um vídeo alertado sobre a seca que, segundo ele, é a maior registrada nos últimos 50 anos.
O Rio Paraguai é o oitavo maior em curso de água da América do Sul.
Tem cerca de 2.600 km de extensão. Nasce no município de Alto Paraguai, a 219 km de Cuiabá, e banha quatro países, na nascente no Brasil, passando pela Bolívia, Paraguai e chegando à foz na Argentina.
“É a maior seca dos últimos 50 anos. Já estamos com mais de 100 dias que não chove aqui na região de Cáceres e a previsão é de chuva para o mês de outubro. Então, cada dia que passa, o rio está abaixando muito trazendo sérios problemas à população, ao abastecimento, e também, principalmente aos agropecuaristas, para os fazendeiros que estão sofrendo muito com a falta de água e as represas estão secando”, declarou Francis.
Maior seca registrada nos últimos 50 anos deixa Rio Paraguai em situação crítica e ameaça abastecimento de água em Cáceres — Foto: Ronivon Barros
Com as nascentes localizadas em Mato Grosso, o rio banha também Mato Grosso do Sul, seguindo o curso e entrando em águas internacionais passa pela Bolívia, Paraguai, deságua no Rio Paraná e termina de encontro ao mar na Argentina.
“Além de toda essa estiagem, temos também as queimadas, o Pantanal está queimando e temos vários focos de incêndio no Pantanal em função desta seca”, alertou o prefeito.
Fogo no Pantanal
Cerca de 100 mil hectares já foram queimados no Pantanal mato-grossense por um incêndio que começou há mais de 10 dias na região do município de Poconé, a 104 km de Cuiabá
Deste total, 35 mil são na área da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), a maior do país, com 108 mil hectare
O fogo é controlado por militares, Forças Armadas, brigadistas e Ibama.
No dia 7 de agosto, os satélites registraram 1.370 focos de calor. Já nesta sexta (14), foram registrados 368. Os dados foram repassados pela manhã pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT).
G1